Esse ano aconteceu em Mariana, entre os dias 26 a 29 de setembro, a 11ª primeira edição do Encontro Internacional de Palhaços 2019. A Comunidade da Figueira não ficou de fora dessa super festa. Fomos convidados a montar barraquinhas na Praça Gomes Freire, nelas, vendemos deliciosos salgados, pipocas e cachorro quente. Além disso, também montamos uma exclusiva para os artesanatos produzidos pelos nossos atendidos. Foi um sucesso!
Mas a participação da Figueira não parou por aí. Esse ano o evento foi muito especial para a instituição, no dia 27 recebemos em nossa sede a Cia Sapato Velho. Eles são uma companhia de palhaços lá do Rio de Janeiro que faz um trabalho incrível com intervenções teatrais em hospitais, festivais e onde mais couber amor e diversão.
Aqui na nossa Comunidade, os palhaços Tatuí e Tilinha apresentaram um espetáculo que encantou e arrancou muitas gargalhadas dos nossos usuários. Teve de tudo, música, malabarismo, equilibrismo e o mais importante: muita inclusão. Dio Jaime Vianna, é o ator por trás do palhaço Tatuí. Ele ressaltou que sentiu muito amor aqui e que ficou emocionado diversas vezes durante a apresentação. “Foi muito especial, para mim foi inesquecível”.
Vianna ainda explicou que mesmo o espetáculo sendo apresentado para pessoas com deficiência (PcDs) eles não fizeram nenhum tipo de adaptação. “Muito pelo contrário, quem adaptou a gente foi a plateia, porque era tanto amor que eu tive que me controlar para não me emocionar”.
Inclusão e muito amor
Um dos momentos mais legais do espetáculo foi quando os nossos usuários com deficiência visual, pediram para tocar no nariz e no cabelo dos palhaços. O momento foi muito emocionante para quem assistia, para os palhaços e mais ainda para nossos atendidos. O fato ressalta a importância desse tipo de atividade na vida de nossa turminha.
Sobre a nossa plateia encantadora aqui da Figueira, Dio Jaime disse o seguinte. “Quando a gente fala do nosso espetáculo, a gente fala de amor. E quando a gente está em um lugar que tem amor, ele é tipo uma pólvora que nós espalhamos, e quando vem uma plateia amorosa como essa, é igual uma faisquinha que acende tudo. A plateia estava muito amorosa, eu vejo que todo mundo que trabalha aqui trata com muito amor as pessoas que estão na Figueira”.
Descentralização do Circovolante
A grande maioria das apresentações do Circovolante aconteceram no centro de Mariana. Portanto, muitos dos nossos atendidos não tiveram condições físicas e nem financeiras de prestigiar a festa. Dessa forma, se faz muito necessário que o evento venha até nós. Anneli Olljum é produtora da Cia e nos palcos interpreta a palhaça Couve Flor. Ela explicou que essa é a quinta participação deles no Circovolante, e que eles trabalham justamente nessa parte de descentralização do evento. “Levar um pedacinho desse encontro lindo para locais que têm pouco acesso ou não tem possibilidade de ir até o centro de Mariana para curtir, para a gente é muito especial, saímos lá do Rio para isso”. Concluiu Anneli.